terça-feira, 13 de outubro de 2015

Primeiro - a perspetiva no feminino

O dia foi agitado... trabalho e mais trabalho. Nos segundos de pausa e durante as curtas viagens aumentava a expectativa.

Como serias tu?
O que levaria vestida?
Será que era cedo?
E se não gostasse de ti?

Cheguei a casa decidida a vestir uma roupa confortável e ao mesmo tempo que permitisse demonstrar algum cuidado. Não abusei na maquilhagem (não sabia o que pensavas sobre isso).

Na curta viagem de 10 min, distraía-me ao telemóvel com a T. Cheguei e fiquei assustada com o homem encapuçado e de fato de treino que parecia esperar alguém.
Respirei fundo e enviei mensagem... Vi-te uns metros à minha frente e despedi-me da T. com um "Vai correr tudo bem".
Lembro-me de sorrir e sentir-me realmente tranquila. Aceito entrar no teu carro (mesmo com o risco de me raptares para me tirares os orgãos :P).

O parque um pouco sombrio e sem vida... senti que era o momento de pedirmos um sinal às estrelas. E, não podia ser tão clara a mensagem. Rasgar com o passado para viver uma nova vida/um novo caminho.
Recordo o modo cavalheiro que te assentava de forma tão natural. Os elogios constantes e, em mim, crescia a certeza que não ouvias parte do que eu dizia. Rapidamente, baixei a guarda e fui eu, no modo simples e sincero que me caracteriza.
Entre escolhas de chás e batidos, entre partilhas de gostos culinários e sonhos, o tempo voou e senti que queria voltar a ver-te.

No momento em que entramos de novo no carro, sinto-te com olhar perdido nas luzes dos outros carros. Fico com medo do significado que esse olhar poderia ter... mas procuro entendê-lo.
Chegamos!! Tanto ainda havia por contar... o tempo estava contra nós! Algo nos impedia de regressar às nossas casas.
Ofereci-te o que de melhor eu tenho... O MEU ABRAÇO (um abraço que guardo só para ti)!

Regressei e comigo levava um sorriso maior... uma luz diferente.

Sem nunca o fazer prever, este seria o dia que mudaria a minha vida. O dia em que deixaríamos de ser gentes perdidas nos nossos mundos.



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