Na jangada vive-se de dentro para fora. O contrário é a quebra das muralhas que conquistámos no tempo em que o nosso sonho era só um simples segredo que quisemos guardar nos nossos corações. A estabilidade foi o nosso cartão de apresentação ao mundo.
De dentro vive-se paz, harmonia e cumplicidade. Paixão que une. De fora vive-se tanta coisa. Boas, menos boas e assim-assim. Das boas reza a nossa história. A isto chama-se aceitação. Aceitação não seria a condição essencial mas, quando existe, é mais um tijolo no nosso castelo. E a aceitação existe quando outros navegadores visitam a jangada e integram a harmonia que nos une. Sejam pais, amigos, bons conhecidos e até desconhecidos rendidos aos novos navegadores.
Depois da aceitação na primeira e segunda pessoa, confirma-se a aceitação na terceira pessoa. Cimento que consolida. Luz que se multiplica. E a jangada avança!
G.
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