O primeiro Natal a bordo da jangada... e sem dúvida que este Natal foi ESPECIAL!! A presença, as surpresas, a vontade de estar e de superar impossíveis deram um brilho diferente a esta época.
Os dias avançam no calendário e, de um modo inesperado, são tomadas decisões que fortalecem os laços entre nós.
Por vezes, os gestos e as palavras não transmitem o que o coração sente, mas... no final do dia/noite eu sei que acabamos bem... agarrados e apaixonados.
Foi em Outubro que te conheci. Trazias nos olhos a luz dos aventureiros, a chama da felicidade e a esperança num dia melhor.
Chegaste até mim de mansinho, ao sabor do toque suave da tua pele e revelaste-te num abraço. O nosso abraço. O nosso segredo. O nosso momento.
Num beijo roubado revelaste a nossa maior verdade. A nossa cumplicidade ficou a descoberto e um mês tornou-se num ano. A Intensidade é o nosso apelido do meio. A Naturalidade também. E as coincidências? Muitas!
Jantares a dois, telas de cinema, o nosso sofá, a primeira vez no ninho do amor, a cama que acolhe, o abraço único que tanto adormece como desperta, os pequenos almoços reconfortantes, a lua de mel antecipada, a natureza em nós, os convites para a felicidade, as pessoas que rodeiam e iluminam, a música, os encontros imediatos, as viagens relâmpago de madrugada, o anúncio aos segundos pais e até a gripe do amor.
Com um mês mas sem tempo nem espaço. Apenas a olhar para ti. Nariz com nariz. Olhos nos olhos. E os meus lábios nos teus.
Como navegadores de 1ª viagem, todos os dias contam nesta viagem em alto mar.
Depois da chegada ao porto para definir qual a rota a tomar, é agendado mais um encontro para pensarmos nas necessidades, objetivos para a viagem que estava prestes a iniciar.
Entre esses dias, todos os espaços livres eram ocupados a pensar nesse encontro...e nessa viagem.
Numa busca de algo doce e gelado para arrefecer os ânimos, algo desperta e desvia a atenção. "Arrisca Sonhar!" O toque da campainha anunciava o inicio. Respirar fundo e sorrir para o que vinha dali.
A surpresa e MAGIA estavam do outro lado da porta... um Lar que parecia familiar, uma sensação de conforto e proximidade, um à-vontade que se instalou rapidamente e o tempo deixou de ser importante.
Depois de, em silêncio, procurarmos interpretar sinais e intenções, o sofá foi escolhido para a definição do que aquela viagem poderia significar na vida um do outro. O calor fazia-se sentir e o corpo parecia querer reagir e "deixar acontecer". A racionalidade que domina todos os navegadores, parecia inibir e controlar todas as ações.
A sensação que o fim estaria próximo, fazia o corpo ser invadido por uma sensação de impotência...O olhar perdido no céu e a respiração que não acalmava.
Em qualquer viagem, é importante saber observar... o olhar deve estar atento a todos os sinais da mãe natureza. E eis que esses olhares se cruzam e percebem que a viagem não poderia ficar "por ali"... Era preciso eternizar o INICIO.
Desde daí a viagem tem sido feita com tolerância, aquisição de conhecimentos, provas e sinais estrelares. E a sensação de "estar a viver o que já foi vivido" não desaparece e a confiança na companhia vai solidificando.
Das bandas sonoras que melhor define sentimentos e desejos. Sem conseguir explicar... parece que o tempo não importa porque já nos conhecemos há uma eternidade.*
Ao longo da nossa existência, muitas são as promessas que fazemos sem que analisemos tudo o que isso implica.
Algumas dessas promessas são pessoais...
Quantas vezes, tentamos convencer-mo-nos que não vamos voltar a acreditar?! ou a deixar-nos levar por cantigas?!Que aprendemos a lição daquela experiência?! E... voltamos a cometer alguns erros!!
Outras vezes, porém, as promessas são feitas àqueles que nos rodeiam, àqueles que amamos e que não queremos magoar.
E quando se trata de uma promessa a alguém que nos é próximo, inconscientemente, esforça-mo-nos para não desiludir nem magoar.
"Vou guardar-te bem, Agora que sei, Que não vou sozinho"
Incrível como há pessoas que podem passar em caminhos iguais e em tempos diferentes mas provarem da mesma reacção...
(porque há prateleiras de "Camisinhas de Vénus" que podem ser observadas no mesmo dia, no mesmo local, mas em momentos diferentes e obterem a mesma reacção)
Abre os braços com o teu jeito
E aperta-os sobre mim
Meu refúgio é teu peito
Meu refúgio é ter-te assim
Meu refugio é
Sentir-me perdida em teu abraçar,
Meu refúgio é
Os teus braços encontrar
E em teu braços ficar
E aqui é o céu
Não vou mais sair
Aqui é o fim do tempo
Em teus braços tão sutis
(Teu refúgio sou)
Vais-te dar, vais-te dar
Vais fazer-me arrepiar
Vais-te dar, vais-te dar
(Meu refúgio és)
Meu refúgio és (repetir)
Vou-me dar, vou-me dar,vou-te arrepiar
Vais-te dar, vais-te dar, vais-me arrepiar
Vais-me querer, vou-te querer em volta de mim
Vais-me querer, vou-te querer sempre até ao fim
Abre os braços com o teu jeito
E aperta-os sobre mim
Meu refúgio é teu peito
Meu refúgio é ter-te assim
Só quero a mim junto de ti
Vais-me embalar quando te abraçar
Ter-me-às a mim, vou-te ter a ti
Meu ar será teu respirar
É aqui é o céu
É a ilusão
De te Ter a ti e a mim
E de Ter o mundo na palma da mão
Não quero mais sair daqui
Não quero mais a solidão, aqui é o céu
Em teus braços sutis
Meu refúgio de ilusão
(Teu refúgio sou)
Vais-te dar, vais-te dar
Vais fazer-me arrepiar
Vais-te dar, vais-te dar
(Meu refúgio és)
Meu refúgio és (repetir)
Vou-me dar, vou-me dar, vou-te arrepiar
Vais-te dar, vais-te dar, vais-me arrepiar
Vais-me querer, vou-te querer em volta de mim
Vais-me querer, vou-te querer sempre até ao fim
Durante parte da nossa vida, percorremos caminhos em diferentes direcções... e no fim de cada jornada, o vazio regressa.
Desacreditamos que é possível alcançar "aquela" felicidade e realizar todos os nossos sonhos (tantas vezes construídos em noites solitárias e frias).
O Mundo pressiona-nos a tomarmos um caminho, mas a verdade é que não o fazemos por nós, mas pelos outros. Aprendemos a ignorar os olhares e os comentários e endurecemos a nossa carapaça.
A carapaça vai ficando tão resistente que, a cada dia, se torna mais difícil alguém tentar ultrapassá-la... negamos sentimentos e mostramos indiferença.
Até que chega o dia em que decidimos sair de casa sem a carapaça e disponíveis para saborear o que o mundo tem para nos oferecer... E o "milagre" acontece...
E deixamos de precisar da carapaça, pois construímos o nosso próprio obrigo.
Quando começamos a planear uma viagem, traçamos caminhos, idealizamos dias e... quando a data se aproxima ganhamos a consciência que está prestes a tornar-se realidade.
Muitos são os preparativos que antecedem a viagem... uns internos e pessoais e outros externos!! O coração palpita de ansiedade e apenas desejamos que corra tudo bem.